terça-feira, 20 de setembro de 2011

A tolice chamada amor


            O que é o amor?
            Para mim o amor seria uma demagogia para deixar as relações mais românticas.
            O marido ao se casar, jura para a esposa diante da igreja que a amará para sempre. Vivem felizes por bons sete anos. Tudo corre bem como o planejado no juramento.
            Um belo dia de primavera, ele entra em uma cafeteria, pede um capuccino e senta em uma mesa no canto. Nesse momento entra uma linda mulher, daquelas que chamam a atenção de qualquer um entra e ele fica hipnotizado.
            Sem esperar, como não haviam outras mesas com cadeiras disponíveis, ela pergunta se poderia sentar junto com ele. Ele gentil como era, permite e começam a conversar. Ele se apaixona por aquela desconhecida. Ela também se apaixona por ele e resolvem que querem ficar juntos.
            Passado alguns dias ele chega para a sua mulher e diz: “quero o divórcio!”. Ela chocada e inocente lhe pergunta: “Onde fica o te amarei para sempre?”.
            Tudo é um teatro aonde o enredo se baseia no que é conveniente. Amar é um ato bem mais simples do que desenham. Por vezes as pessoas se amarram em promessa que não podem cumprir no que se trata de amor. Quem já não disse a famosa frase: “Te amarei para sempre”? Todos em algum momento da vida. Tolice. O complicado é depois desfazer isso.
            A Bíblia nos conta que o único mandamento que Jesus nos deixou foi: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”. Algumas pessoas se prendem a isso como algo indispensável e se tornam frustradas, pois a meu ver é impossível amar igual a alguém que tinha amor infinito. Claro que se isso acontecesse com todos o mundo seria magnífico. As igrejas montam suas bases nisso. No mundo não existe amor. E fazem seus fieis se anularem na busca do amor perfeito, mas se esquecem de contar que é impossível amar como alguém que tem um amor infinito e que o salvador do mundo não é a religião. Aliás o mundo não precisa de salvação. Precisa de mais coerência.
            A música de Renato Russo diz: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanha, porque se você parar para pensar na verdade não há.”. Que frase linda e por vezes mal interpretada! Entendo essa frase como sendo um alerta sobre que tudo na vida passa, nossas convicções mudam, nossas vontades mudam, nossos ideais podem também mudar, não existe uma verdade única. Existem várias verdades que formam cada pessoa. A pessoa é o que ela consegue fazer com integridade, sem se perder no caminho. Amar nesta frase seria entender que não somos únicos, não somos donos da verdade e que amar nada mais é do que aceitar que o outro também tem seu espaço.
            Amor é tema de grandes obras artísticas. Amor é algo defendido como prioridade máxima para a pessoa ser entendida como alguém bom. Amor é o que deixa a chatice das relações amorosas mais bonitinha.
            Não sou idiota em dizer que amor não é bom. Porem sou categórica em dizer que amor que conhecemos é a maior fantasia que o ser humano já soube desenvolver.
            Aceitar o outro como parte integrante no quadro da necessidade humana, como peça importante na engrenagem da sociedade para mim é algo muito mais importante.  

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