O que pensa o assassino?
Quando desfere o golpe da dor fatal em alguém, o que pensa?
O assassino merece perdão? Ou será que isso é paga de vida de outrora.
Às vezes penso que o assassino remói por dentro as dores de cada vida tirada. Porque tirá-las então? Ah, pergunta melhor: o assassino sente? Tem sentimentos? Se os tem, porque mata?
Qual o poder de um humano sobre a vida alheia?
Me perguntaram uma vez qual a minha relação com Deus. Deus é Deus e eu sou eu. Que resposta vazia pode ter parecido ao questionador. Por vezes imaginei Deus em um teatro de marionetes, nos conduzindo conforme ele achasse melhor para o espetáculo. Então onde caberia o livre arbítrio se somos regidos como marionetes num concerto de um maestro onipotente, onipresente e onisciente?
Hoje penso que Deus é nossa voz interior. Sempre disse que pecado é tudo aquilo que você, pelo senso real, se condena. Então minha relação com Deus é de um mero ouvir do meu interior.
E será que o assassino tem a voz interior o auxiliando? Seria um momento de surto em que bate a vontade de ser sua própria voz interior? Como eu defensora que sou da vida, poderia sequer cogitar entender a mente do assassino?
Sim, para mim o mundo de um assassino é um mar de interrogações.
Não ouso encontrar explicação, apenas me entristeço ao saber que tirando uma vida ele aos poucos mata a sua própria e, na certeza que tudo se paga mesmo que os olhos ou ouvidos jamais possam saber, conservo uma piedade mórbida da sofreguidão do assassino.
beleza ja que vc esta falado
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ResponderExcluirE o que você me diz de: O que é consciência para um assassino?
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