quinta-feira, 14 de abril de 2011

Vôos da imaginação

            Era uma vez uma formiguinha que queria voar.
            Ela era pequenininha, do tamanho de um grão de arroz. Tinha peso bom para voar com um simples vento, mas ela sempre achava esses vôos ruins. Machucava-se sempre que vento a levantada e a jogava de qualquer forma no chão.
            As amigas da colônia de onde ela vivia zombavam porque ela queria voar.
            _Como você pretende voar Zuca? Vai bater asas agora e ir por ai sem rumo?
            Zuca saía de perto sempre pensando que iria encontrar um jeito de voar. Ela não ligava para o fato de que seu desejo era surreal. Ela queria voar. Era um desejo real dentro de si e para ela isso bastava.
            E os dias prosseguiam normais em sua vida.
            Na colônia o serviço era puxado. Todos os dias acordar cedo e ajudar as outras nos afazeres para que tudo corresse da melhor maneira possível.
            Zuca não podia imaginar o que o inesperado lhe guardará como presente de vida.
            Em uma colônia distante existia um mestre contador de estórias muito famoso que sempre viajava pelas colônias. Quando ele chegava causava sempre um alvoroço, principalmente por conta das formiguinhas pequenas.
            Ele, do alto da sua longa sabedoria, havia ficado sabendo que em uma Colônia distante existia uma formiga que queria voar. Num primeiro instante ficou meio zombador daquilo tudo, mas logo que se deu conta da gravidade daquela intenção, pensou em uma solução mágica para resolver o caso. E assim o fez...
            Arrumou um jeito de ser convidado para contar suas estórias na colônia de Zuca. Ao chegar à colônia procurou informações sobre aquela formiguinha sonhadora e descobriu tudo o que precisava para chegar até ela.
            À noite, quando chegou ao local montado para seu espetáculo, avistou a pobre formiga sentada em um canto isolada. Quando terminou, a primeira coisa que fez foi conversar com essa formiga.
            _Olá companheira, tudo bem com você? Qual o seu nome?
            Ela um pouco assustada, afinal poucas pessoas se preocupavam com o que ela pensava, respondeu:
            _Tudo bem! Meu nome é Zuca.
            Então o contador de estórias continuou:
            _Sua fama vai longe Zuca... Querer voar não é algo normal entre nós.
            _Sim, eu sei. – respondeu a formiga - Mas tenho esse desejo e para mim já basta!
            O calmo senhor olhou por um longo instante e, como quem não queria nada, disse:
            _Existe uma forma de você voar...
            _Sério? – interrompeu a formiguinha com uma esperança gigante dentro do coração.
            _Sério... Eu sempre faço isso quando imagino minhas estórias. Viajo longe em mundos até mesmo nunca vistos por mim! Acredito até que seja por isso que as pessoas gostam tanto delas.
            A formiga olhando intrigada para aquele ancião começou a pensar na forma de como isso poderia dar certo.
            _O senhor poderia me explicar melhor?
            _Claro minha jovem! Imagine que você está em um lindo campo com grama verdinha, o céu esta azul, um sol maravilhoso esquentando seu pequeno corpo. Agora imagine que quer voar para ver lá de cima aquele lindo campo e comece a pensar na imagem que você veria lá de cima. Se sente voando?
            Silêncio...
            _Jovem – Chama o Senhor intrigado com todo aquele silêncio.
            E como que se acordando de um sonho Zuca abre os olhos e diz:
            _Perdão. É que o senhor acaba de me ensinar a voar e voar é muito bom!

 

Um comentário:

  1. Oi amiga, simplesmente arrasando heim....
    meu deus!!!!
    Olha fiz um blog novo e gostaria muito da sua opinião, passa la.
    http://meusdiasdedieta.blogspot.com
    Ah se gostar me segue..
    beijokas

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