segunda-feira, 12 de março de 2012

Ao meu modo


Eu pratico uma loucura
Uma única loucura
Insanamente vivo
Como se viver fosse um castigo doloroso

Eu gastei todo o meu dinheiro
Ameis todos os amores que me foram possíveis
Beijei todas as bocas
Transei todos os sexos
E me encontro insanamente vivendo

É castigo. Só pode!

Eu rompi meu silencio de forma indigna dizendo as palavras da morte
Antes tivesse me calado mais um pouco
Eu sinto próxima a minha hora
E o que me resta?
Escrever e viver com os olhos bem abertos diante de toda a merda

Dizem que eu me afundei
Dizem que enlouqueci
Dizem...
Dizem ...
Dizem...

Nada dizem!

É minha essência se redescobriu e foi na constatação de que vivo
Dói viver
Porque me disseram que pra viver de forma bacana é preciso ser feliz
Mas o que eu faço com toda a minha infelicidade?

Tudo bem... A cada dia cometo a loucura insana de viver
Largo um amarelo sorriso
Digo uma verdade aqui outra lá
E vou lutando contra minha divindade em ser mortalmente infeliz

Enfim me lembro de minha mãe
Ela sim soube ser real
Acho que ela almejava isso pra mim
Coitada!
Minha mãe desconhece minha alma e eu não desvendo nada pra ela

Hum...
Vou cometendo por ai a deliciosa loucura de viver
Sem amores, por favor, sem amores
Já que tenho que viver que seja ao meu modo.

Só paixões
Só aquilo que não me prenda
Já que tenho que viver que seja livre

E vivendo... Morrendo
Ops, insanamente cometendo a deliciosa loucura de viver
Eu consigo trazer por dentro uma
Triste alegria
E que compreenda quem quiser
Caso contrário? Não ligo!

Já que tenho que viver... Será ao meu modo!

2 comentários:

  1. que coisa! gostei bastante. em dificuldade diária, distinguir tristeza e felicidade em meio ao que buscamos da vida e o que ela nos oferece. viver, com certeza, é a melhor solução

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