quarta-feira, 28 de março de 2012

One night in Paraty


Três corações vagabundos. Diferentemente encantadores. Uma noite agradável. Quantos chopps forem possíveis. Muita troca de informação. Uma conversa envolvente. Nenhuma regra existindo. Três mentes brilhantemente intrigantes. Entre política, amor, sentimentos, drogas, sexo, razão, ídolos e brincadeiras a noite seguia em um fluxo intenso. A lua não existia, mas sua beleza era lembrada. Muitos tragos de cigarros. Muitos mais chopps. A insanidade seguia calorosamente interessante. Hora de partir. Nenhuma vontade de despedida. Caminhada pela rua de pedra. Um som convidando. O destino os encaminhando. De repente uma mesa de bar solitária. Por que não? “Desce uma caipirinha seu garçom.” Os corações vagabundos gostosamente se entregando ao momento.  O nada e a mesa, sem lua e caipirinhas e cervejas e cigarros. Passa uma singular figura. Conversam. Entre risos descompassados e muita embriagues. Uma alma sedenta de boemia. Um sotaque carregado. Os corações vagabundos se deliciando. Parte errante. Preocupada alma com a bronca de seu amante. O nada persistindo. A mesa solitária. Os três corações vagabundos prevalecendo. Um bêbado visivelmente enjoado se passando por Francês. Muitas risadas. Parti sem deixar muitas recordações. Quando tudo parecia ser somente aquilo que já era muito, surgem então quatro espíritos perdidos. Um brasileiro e três estranhos franceses. ‘É a noite está envolvida por outros idiomas.’ Uma conversa dividida. Cada qual com seu tolo interesse. Homossexualismo, cidadania estrangeira e onde ir em outro país. Conversa chata que termina rapidamente para o alivio daqueles três pobres corações vagabundos. Enfim chega a hora. “A conta seu garçom, por favor.” Um coração vagabundo crente de forma fervorosa na solidão, fica em um quarto de repouso bem próximo dali. Dois corações vagabundos, ainda confiantes, seguem juntos na esperança de dias melhores. A noite calada termina. O surreal dorme. Três corações gostosamente vagabundos, divinamente interligados sorriem da falta de lua.

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