sábado, 14 de janeiro de 2012

Desconheço-te


Quando você se foi me doeu o coração
Bateu de leve uma solidão
Chorei lagrimas de ingratidão
Sonhei com a escuridão

Mas isso foi por alguns poucos segundos
Na verdade eu já sabia
Faltava-me enxergar que dentro de você só existia o vazio
Eu, coitada... Beirei a ilusão acreditando que ai dentro morava um coração
Acreditando que você sabia amar

Sacudi a poeira de sua passagem
Tirei o bolor de sua existência
Troquei a roupa de sua bobeira
Limpei meu coração de sua saudade

Busquei lá no fundo meu melhor sorriso
Renovei meu repertório
Coloquei minha melhor roupa de alegria
Meu coração agora é só frevo

Quanto a você... Bom...
Quem é você mesmo?
Desconhecidos não jazem em meu coração

Vou te contar meu segredinho...
Presta bastante atenção...
Existe uma formula infalível pra não sofrer por aquilo que não existiu
Nessa formula apenas um ingrediente que vale por mil
Amor próprio

Meu entendimento não me engana não, moço
O seu sorriso de deboche pode até acreditar
Mas aqui dentro mora uma leoa com o grito pronto de liberdade
Bato de levinho na dor
Coloco minha mão no meu coração
Faço-lhe meu melhor carinho
E pronto! Renova-se tudo!

Quanto a você...
Bom já disse acima...
Desconheço-te!


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