Minha dor foi o seu adeus
Minha dor foi sua frieza
Minha dor foi a sua incerteza
Minha dor foi sua indelicadeza
Sofri calada, emudecida por minha angustia
Fiz todos os cálculos dos meus erros
Enfraqueci-me
Adoeci cronicamente do coração
Senti-me menina
Órfã de razão
Solitária de sentimento
Vazia de entendimento
Busquei bem no fundo minha emoção
Cantei uma canção
Recitei um poema
Chorei compulsivamente
Nada, absolutamente nada
Silencio de dor
Amargura de desprezo
Sofrimento sem fim
Rasguei minhas roupas
Dependurei meus trapos na janela
Esperei, esperei e esperei
Nada, absolutamente nada
Você inatingível para meu amor
Longe... Vago
Grande lembrança de felicidade
Choro, compulsivamente novamente
Nada é mais forte do que a sobra da falta
Não encontrei palavras
Não encontrei lógica
Nada, absolutamente nada
Apenas aquela lembrança ardida de sua indiferença
Não sei onde está meu amor
Não sei onde encontrar-me novamente
E dói, dor doida de mal me quer
Rastejo pela escuridão do meu coração
Toco em tudo e nada sinto
Um gelo esquisito
Dói, dói dor tremenda
Sem fim
Sem solução
Sem razão
Nada, absolutamente nada!
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