domingo, 15 de janeiro de 2012

Nada


Minha dor foi o seu adeus
Minha dor foi sua frieza
Minha dor foi a sua incerteza
Minha dor foi sua indelicadeza

Sofri calada, emudecida por minha angustia
Fiz todos os cálculos dos meus erros
Enfraqueci-me
Adoeci cronicamente do coração

Senti-me menina
Órfã de razão
Solitária de sentimento
Vazia de entendimento

Busquei bem no fundo minha emoção
Cantei uma canção
Recitei um poema
Chorei compulsivamente

Nada, absolutamente nada

Silencio de dor
Amargura de desprezo
Sofrimento sem fim

Rasguei minhas roupas
Dependurei meus trapos na janela
Esperei, esperei e esperei

Nada, absolutamente nada

Você inatingível para meu amor
Longe... Vago
Grande lembrança de felicidade
Choro, compulsivamente novamente

Nada é mais forte do que a sobra da falta
Não encontrei palavras
Não encontrei lógica

Nada, absolutamente nada



Apenas aquela lembrança ardida de sua indiferença
Não sei onde está meu amor
Não sei onde encontrar-me novamente
E dói, dor doida de mal me quer

Rastejo pela escuridão do meu coração
Toco em tudo e nada sinto
Um gelo esquisito
Dói, dói dor tremenda

Sem fim
Sem solução
Sem razão
Nada, absolutamente nada!

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